Dr Felipe Vidigal | Urologia

A queda das taxas do hormônio, principalmente da testosterona é natural e esperada, com o avançar da idade. Entretanto, níveis excessivamente baixos podem impactar negativamente a qualidade de vida do homem, como acontece na Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM). Dr Felipe Eduardo Costa Vidigal faz o acompanhamento e tratamento de pacientes que apresentam queda dos níves de testosterona com o passar dos anos.

Testosterona

A DAEM pode afetar homens de qualquer idade, mas sua prevalência aumenta significativamente a partir dos 40 anos. Além da idade, histórico familiar, doenças crônicas, tabagismo, sedentarismo, obesidade e deficiências nutricionais também são fatores de risco para o desenvolvimento do problema.  

Continue a leitura e conheça todos os detalhes da DAEM.

O que é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino?

A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecida como hipogonadismo masculino tardio, é uma condição caracterizada pela diminuição gradual da produção de testosterona.

O termo “andropausa”, apesar de ainda ser bastante difundido na sociedade, não é apropriado nesses casos. Diferente do que ocorre nas mulheres, o organismo masculino não deixa de produzir estrogênios e, portanto, não há nenhuma “pausa”.

O que acontece é a redução progressiva – e, muitas vezes, lenta – da produção de testosterona, com o passar dos anos.

Popularmente, o hormônio da testosterona é conhecido por sua ligação com a libido e com a função erétil. Mas sua função vai muito além: ele exerce um papel fundamental em diversas outras funções do organismo, como sistema imunológico, saúde óssea e metabólica.

As mudanças nos níveis de testosterona, característica da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, podem ser sentidas de maneiras diferentes, dependendo do paciente. Saiba como identificar os principais sinais do aparecimento do problema.

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Sintomas e diagnóstico

Nem sempre os sintomas da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino serão evidentes no início. Por isso, é muito importante estar atento aos sinais que podem indicar alterações nos níveis de hormônio. 

  • Diminuição ou perda da libido: a queda do desejo sexual é decorrente da redução das taxas hormonais
  • Disfunção erétil: a dificuldade de ereção é queixa frequente em pacientes com DAEM;
  • Perda de massa muscular e aumento de gordura corporal: a testosterona auxilia na manutenção da massa muscular e do metabolismo, e a diminuição dos níveis de hormônio pode ocasionar acúmulo de gordura e perda de força;
  • Alterações do humor: irritabilidade, apatia e até mesmo depressão podem estar relacionados à DAEM;
  • Diminuição da densidade óssea: A DAEM aumenta o risco de osteoporose, tornando os ossos mais frágeis.

Outras manifestações como fadiga crônica, alterações do sono, dificuldade de concentração, inchaço nos mamilos, diminuição dos testículos, queda de cabelo e anemia também podem estar associadas ao desenvolvimento da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino.

7 Causas Comuns de Baixa Testosterona

A testosterona é um hormônio essencial para a saúde masculina, influenciando desde a libido até a massa muscular. Quando os níveis desse hormônio estão baixos, podem surgir vários problemas de saúde. Conheça as principais causas de baixa testosterona:

  1. Envelhecimento Natural
    Com o avanço da idade, é comum que os níveis de testosterona diminuam gradualmente. Este declínio é uma parte natural do envelhecimento e pode começar a afetar a qualidade de vida a partir dos 30 anos.
  2. Distúrbios Hormonais
    Problemas com a glândula pituitária ou hipotálamo podem interferir na produção de testosterona. Condições como a síndrome de Klinefelter ou a síndrome de Turner podem impactar a produção hormonal.
  3. Obesidade
    O excesso de gordura corporal, especialmente na região abdominal, está associado a uma diminuição na produção de testosterona. O tecido adiposo pode converter a testosterona em estrogênio, reduzindo sua concentração no organismo.
  4. Estilo de Vida Sedentário
    A falta de atividade física pode contribuir para a baixa testosterona. Exercícios regulares, especialmente treinamento de força, ajudam a manter níveis saudáveis desse hormônio.
  5. Estresse Crônico
    O estresse prolongado pode elevar os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, pode inibir a produção de testosterona. Gerenciar o estresse é essencial para manter o equilíbrio hormonal.
  6. Doenças Crônicas
    Condições como diabetes tipo 2, doenças renais e doenças hepáticas podem afetar negativamente a produção de testosterona. O tratamento dessas doenças pode ajudar a melhorar os níveis hormonais.
  7. Uso Excessivo de Álcool e Drogas
    O consumo excessivo de álcool e o uso de certas drogas podem prejudicar a produção de testosterona. Reduzir ou eliminar esses hábitos pode melhorar os níveis hormonais e a saúde geral.

Se você suspeita que seus níveis de testosterona estão baixos, é importante procurar um médico para uma avaliação adequada. Diagnosticar e tratar a causa subjacente pode ajudar a restaurar o equilíbrio hormonal e melhorar sua qualidade de vida.

O diagnóstico da DAEM é feito por um médico urologista através da avaliação clínica, questionário sobre os sintomas e exames laboratoriais específicos, como LH, FSH, prolactina e hemograma, para dosar a testosterona total e livre no sangue.

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O tratamento para a DAEM

A principal forma de tratamento da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino é a reposição de testosterona é a principal forma de tratamento para a DAEM.

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser feita através de géis, adesivos, implantes ou injeções intramusculares.

  • Gel transdérmico: aplicado de forma tópica na pele, o gel libera testosterona gradualmente ao longo do dia;
  • Adesivo transdérmico: aplicado diretamente na pele, o adesivo libera testosterona de forma contínua;
  • Injeções intramusculares de média ou longa duração: a testosterona é injetada diretamente no músculo, geralmente a cada 1, 2 ou 3 semanas;
  • Implante subcutâneo: um pequeno implante é colocado sob a pele e libera testosterona lentamente por 3 a 6 meses;
  • Medicamentos orais: Dissolvidos na boca, os medicamentos liberam testosterona através da mucosa oral.

São muitos os benefícios da reposição de testosterona na DAEM, dentre eles o aumento de massa muscular, o aumento da autoestima, melhora da libido e da capacidade de ereção. 

A escolha do método ideal de reposição hormonal masculina depende de diversos fatores, como idade, histórico de saúde, estilo de vida e preferência do paciente.

O tratamento hormonal não é recomendado a homens diagnosticados com câncer de próstata ou de mama, problemas cardíacos, renais ou hepáticos. Homens com histórico de diabetes mellitus, hipertrofia e antecedentes de infarto do miocárdio devem ter seus casos avaliados individualmente.

O acompanhamento médico regular é essencial durante todo o tratamento para monitorar os níveis de testosterona e ajustar a dosagem, conforme necessário.

Para um tratamento multidisciplinar, o urologista pode indicar, também, o acompanhamento com um psicoterapeuta. A terapia sexual pode auxiliar o paciente a resgatar sua autoconfiança, fator essencial para o sucesso do tratamento.

Aliada à terapia, a adoção de hábitos saudáveis, com dieta equilibrada, sono de qualidade e prática regular de exercícios físicos ajudam a melhorar a qualidade de vida.

É muito importante lembrar que a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino é uma condição tratável.

Ao buscar diagnóstico e tratamento médico adequado, é possível recuperar os níveis de testosterona e melhorar a qualidade de vida, trazendo de volta a disposição, a saúde e o bem-estar masculinos.

Se você apresentar qualquer sintoma de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino ou de outra condição médica, marque uma consulta. Sua saúde em primeiro lugar!

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Sexual and Reproductive Health – INTRODUCTION – Uroweb

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